Matérias-primas - Situação do mercado em abril de 2025

A União Europeia decidiu adiar as tarifas de retaliação anunciadas depois de os Estados Unidos terem imposto uma tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio em março.

As contramedidas, que incluem tarifas mais elevadas sobre o whisky americano, estavam programadas para entrar em vigor a 31 de março e seguiam uma abordagem faseada. Em vez disso, entrarão em vigor de uma só vez a meados deste mês, aguardando negociações.

Além do whisky, a primeira fase impõe tarifas de 50% sobre os barcos e motociclos dos Estados Unidos. A segunda fase, prevista para 13 de abril, inclui tarifas sobre cerveja, aves, carne de bovino e produtos como soja, tomate e framboesas.

O atraso na primeira fase foi implementado para permitir mais tempo para as negociações com o governo dos EUA. A alteração representa um pequeno ajuste no cronograma e não diminui o impacto da resposta.
Em relação às matérias-primas, a UE quer excluir inicialmente o milho. Em anos anteriores, isto não teria sido tão crítico para Espanha em particular, uma vez que os principais países que servem a nossa procura são geralmente a Ucrânia e o Brasil. Nesta campanha, a grande disponibilidade nos EUA e a redução da produção na Ucrânia estão a permitir a entrada de muito milho americano no nosso país, daí a importância deste atraso neste momento.

PRINCIPAIS GRÃOS DO MUNDO:

• TRIGO: Analisando o desempenho do preço do trigo durante a época 2024/25, ficámos surpreendidos com a baixa volatilidade e os níveis de preços competitivos a nível global. Principalmente porque as notícias sobre os cortes de produção na Rússia, bem como o menor stock de segurança que temos pela quarta campanha consecutiva, podiam levar os fundos especulativos a assumir uma posição longa, o que não se verificou.
• MILHO: A um nível fundamental, há pouca alteração na disponibilidade global da mercadoria. Estamos agora no período de entrecolheitas, com uma elevada produção nos Estados Unidos e défices na Europa e na Ucrânia, e com o milho a ser colhido na primeira colheita tanto no Brasil como na Argentina (13,6% colhido).
• COMPLEXO DE SOJA: Continuamos com poucas alterações em relação aos volumes de produção de feijão na América do Sul. A colheita está quase concluída no Brasil, projetando uma colheita total de 169-171 milhões de toneladas, e o clima na Argentina tem sido favorável nas regiões produtoras, melhorando as condições da colheita. As estimativas de fontes locais colocam o volume total entre 47 e 50 milhões de toneladas.

Pode encontrar todas as informações neste link: https://my.elanco.com/es/centro-de-informacao/salud-nutricional-materias-primas

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